Dilemas da Vida FIRE – Economizar ou Viver Plenamente?

Praticamente todos os dias eu paro e reflito sobre este mesmo dilema: viver a vida intensamente (Gastar bastante, viajar, comer bem, etc) ou viver de maneira frugal, simples, com baixos custos, e aportar mais e mais para a independência financeira.

Apesar do nome do Blog ser Acumulador Compulsivo, não me considero um exímio executor da vida frugal. Não sou também de viver luxos. Eu e a Sra Acumuladora possuímos carros populares, não moramos no melhor bairro da cidade e não temos uma vida luxuosa. Não ligamos muito para roupas de marca, mas fazemos questão de gastar um pouco mais com outras questões que alguns adeptos da vida frugal torceriam o nariz, como por exemplo, volta e meia pedimos comidas caras (gostamos de comer, por isso estou acima do peso kkk), gosto de ter bons gadgets como Macbook, iPhone, inclusive um iMac e Apple Watch que nem sei por que eu tenho (pois não uso).

A questão é que, com certeza, nós conseguiríamos poupar bem mais do que poupamos agora, se tivéssemos uma vida ainda mais simples. Porém já vivemos um ou dois níveis abaixo de nossos amigos – que possuem renda parecida. Moramos em uma área mais simples da cidade, mas não economizamos nos detalhes da nossa casa, temos ótimos móveis, eletrodomésticos e outros adornos de casa. É onde passamos bastante tempo (somos caseiros, amamos Netflix) e fazemos questão de ter um certo conforto.

É óbvio que isso faz minha independência financeira ficar mais distante (a parte chata disso tudo), mas não sei se eu viveria feliz se descesse ainda mais degraus no nosso padrão de vida para aportar 40%, 50%, 60% ou mais da nossa renda – como muitos colegas da finansfera fazem.

De qualquer forma somos felizes. Temos muita vontade de empreender – e esse momento está chegando muito perto de acontecer, mas seguimos trabalhando para os outros e vivendo nossa vida.

E você, já viveu este dilema? Desceria mais alguns níveis na sua qualidade de vida para aportar mais e antecipar a independência financeira? Ou acha que deve viver melhor do que vive, mesmo que custe mais alguns meses ou anos de sua independência?

 

 

 

 

 

0 comentário em “Dilemas da Vida FIRE – Economizar ou Viver Plenamente?”

  1. Sr. Acumulador Compulsivo! Saudações! Veja bem, a política de consumo adotada pelo Sou Poupador é de procurar o equilíbrio. Nem apertar muito o orçamento nem afrouxar muito. O meio termo é o ideal. Assim você tem uma perspectiva melhor de presente e futuro.

    Você pergunta se vivemos esse dilema? É claro que sim! Todos os dias! Acredite, é preciso muita cautela para desviar das tentações. Todavia, quando estivermos em uma situação melhor, por que não se entregar para consumir o que te fará mais feliz?

    O que somos contra é a pessoa comprometer o orçamento para ter uma coisa que não conseguirá nem pagar. Mas se a pessoa tem para pagar e não vai comprometer o orçamento, que problema teria? Viva lá vida! Se quiser viver o agora também pode, o importante é viver bem!

    Um abração, do Sou Poupador!

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    • Verdade AA40. Por isso não me considero Frugal. Até gostaria de ser, mas casei, tive filho… Estou tentando levar uma vida mais simples dentro do que já construí em relação aos gastos. Mas é difícil ajustar a rota no meio do vôo…
      E você tem toda razão. A maioria das coisas boas da vida não são materiais.
      Forte abraço e obrigado pelo comentário!

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  2. Cara… realmente é uma questão bastante complicada, pois a própria cultura nos impulsiona para o modo consumismo.

    Acredito que verdadeiros frugais são difíceis de se encontrar no Brasil, mas concordo que o equilíbrio interior é o mais recomendado. Acho que a palavra que melhor me descreveria seria “comedido”.

    Hoje em dia, eu e minha esposa conseguimos ganhar bem (quantitativamente) e ao mesmo tempo tentamos aproveitar um pouco a vida da maneira que mais gostamos que é viajando. Esse seria o nosso calcanhar que Aquiles de gastos anuais, mas acho que a pessoa que vai para a viagem nunca é a mesma que volta, sendo assim agregamos alguns valores para as nossas vidas que são razoáveis, apesar de, claro, não compensar o gasto financeiro. Somos jovens e aproveitamos esse momento (com comedimento) que não teremos novamente no futuro. Lembrando que dinheiro é renovável, tempo não!

    Ao mesmo tempo, sinto que esse gastos com viagem nos dão um verdadeiro panorama de custo real de vida, pois ainda não temos filhos, então esses gastos provavelmente serão substituídos quando eles vierem. Ao mesmo tempo, eles são totalmente reduzíveis a níveis bastante menores simplesmente querendo (fazendo viagens menores e mais locais, de carro, por exemplo), sem contar que são gastos com experiências e não com coisas materiais (enfim, eu me engano para continuar assim. rsrs).

    Nos últimos dias, inclusive, eu parei de pensar tanto em “liberdade” em si. Claro que o dinheiro suficiente para não precisar mais trabalhar abre um leque de possibilidades muito maior, porém ainda seremos reféns da saúde de algum plano, do governo para “abrir” estradas e nos locomovermos, combustível fóssil, energia, do sistema como um todo… mais dinheiro, a meu ver, compra uma gaiola maior. O verdadeiro pensamento no qual estou focando ultimamente é o da “independência financeira”, que é esse que já conhecemos e mais restrito ao da “liberdade” geral que falei acima.

    Enfim, esse tema do post é algo que passa diariamente na cabeça de qualquer pessoa que busque a independência financeira e é bastante sadio e interessante comentar um pouco sobre isso e dividir as ideias com os colegas da finansfera.

    Um abraço.

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    • Caramba Alberto, muito obrigado pelo comentário! Quase um novo post! hehehe.
      Viagens são umas das melhores coisas da vida. Acho que você e sua Sra devem viajar sim! Nunca voltamos os mesmos.
      Eu foco exatamente no mesmo que você: sair da corrida dos ratos. Porém não abro mão de uma certa qualidade de vida para isso.
      Uma grande reflexão que li certa vez foi a de que os anos iriam passar de qualquer jeito, economizando ou não. Então escolhi construir meu futuro e minha liberdade. Esse é o caminho, sem dúvidas.
      Forte abraço e espero que continue por aqui!

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  3. Compartilho muito as suas “agonias” Stark! Tb já abstrai que nao sou frugal master, nao quero morar num trailer e nem mandar o mini muquirana pra escola pública de uma cidade grande brasileira. Nossa jornada de IF deve ser aquela que nos faz feliz cortando o que é supérfluo e o que gastamos por comodismo, pressão social ou inércia.

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  4. E aí, AC (DC!) hehe!

    Como já disseram aí em cima a vida requer equilíbrio, principalmente no mundo atual onde o “ter” (ou aparentar ter!) é mais importante que o “ser”.

    Meu vizinho apareceu com uma picape nova no condomínio e a maioria das pessoas que passa pela sua garagem observa o tal carro, é claro. Mas é o que eu sempre digo: o meu carro popular me leva ao mesmo destino que o dele leva; com menos conforto? Pode ser! Mas com mais economia em combustível e manutenções, sem sombra de dúvidas!

    Às vezes fico pensando se sou muito chato com essa questão de dinheiro e fico no mesmo dilema desse post. Hoje agradeço minha esposa por ela ter se controlado financeiramente, o que ajuda bastante quando você é casado e tem filho(s).

    Ah! E não adianta também perder a cabeça por conta dessa tal IF, já que não sabemos nem se no segundo seguinte estaremos vivos.

    Viva a vida de maneira sadia, com equilíbrio e aproveite os momentos realmente felizes e únicos enquanto temos nossa vida por aqui 🙂

    Att,

    Papai dos Investimentos
    http://papaidosinvestimentos.wordpress.com

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    • Ótimos comentários Papai. Retrata exatamente o que penso. Não abro mão de ter uma vida confortável (sem muitos luxos) para buscar loucamente a independência financeira. É claro que busco sempre aportar mais, aumentar o patrimônio e encurtar minha meta do milhão. Mas até lá, a vida vai passar, minha filha vai crescer…. Então vamos viver também.
      Forte abraço!

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  5. Fala Acumulador!

    Atualmente adoro ver minha carteira de ativos crescer!

    É com satisfação que, todo mês, aporto para comprar Ações, FIIs e TD. Acho que o prazer que sinto investindo deve ser o mesmo que os consumistas têm em gastar.

    Eu defini um percentual mínimo (20%) e máximo (40%) da minha renda líquida para aportar. No meu caso, acredito que menos que 20% é pouco, o que comprometeria minha renda futura e que acima de 40% é muito, e eu estaria deixando de aproveitar a vida.

    Na minha opinião é algo muito subjetivo e pessoal. Se vc não está confortável com quanto está aportando todo mês e acha que está abdicando de viver, é sinal de que talvez esteja mesmo. Ficar focando somente no futuro e esquecer o presente pode fazer vc se decepcionar. O ideal seria encontrar esse ponto de equíbrio.

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