Durante muito tempo eu me perguntei: qual o segredo para fazer sobrar o dinheiro no fim do mês?
E a grande verdade que descobri, é que se você deixar pra “sobrar” dinheiro no fim do mês… Muitas vezes não irá sobrar nada.
E tem um motivo pra isso. Nossa mente é programada de fábrica pra “gastar” simplesmente todo dinheiro que cai em nossa conta.
Eu tenho certeza que você não é uma pessoa na média. Só o fato de estar lendo blogs de finanças, significa que está buscando conhecimento financeiro (o que já te diferencia de mais de 90% da população brasileira). Porém, observe seus conhecidos, amigos e familiares… Aqueles que não estudam / pesquisam sobre finanças. Eu aposto que gastam todo dinheiro que recebem. E é assim que vivem para sempre na “corrida dos ratos”.
Tá, mas como fazer para sobrar dinheiro então?
A resposta é: invertendo as contas. Pague-se primeiro, seus investimentos e futuro em primeiro lugar, depois pague as contas.
Pode parecer difícil no começo, mas é uma questão de prática.
Caso você seja uma pessoa extremamente indisciplinada, talvez seja melhor fazer uma espécie de previdência privada, descontando automaticamente da sua conta, no primeiro dia após receber seu salário. Caso tenha mais disciplina, defina um dia (primeiro dia útil após o pagamento) para fazer seus investimentos, e só depois pagar as contas.
A morte do dinheiro
Vou te contar uma história que eu vivi, e que me fez tomar essa decisão de me pagar primeiro.
Sempre fiz minha declaração de imposto de renda. Faço desde que comecei a ter que declarar. Já tem mais de quinze anos.
E aí, essa deveria ser minha sétima ou oitava declaração, tinha sido um ano bom em termos de receitas, eu havia sido promovido no trabalho, porém tive uma baita surpresa ao ver a minha evolução patrimonial, que foi praticamente nula.
Aquilo foi como um soco forte no meu estômago. Como assim? Eu bati o recorde de receitas da minha vida, e simplesmente ZERO reais foram convertidos em patrimônio. Ou seja, tudo que recebi foi utilizado para meu consumo pessoal, roupas, alimentação, diversão, viagens, coisas materiais… E nada, simplesmente nada se converteu em patrimônio.
Eu vivi ali uma espécie de luto. A morte do dinheiro.
Não via sentido algum em trabalhar durante doze meses, olhar pro relatório do imposto de renda e observar que nada construí. Aquilo foi um grande divisor de águas pra mim. Passei a tratar o dinheiro de outra forma, a estabelecer metas de patrimônio, e nunca mais tive uma declaração de imposto de renda onde não houve evolução patrimonial, esse tinha se tornado meu grande foco.
Dali pra frente, eu passei a entender que o meu patrimônio era a prioridade, e que pagar as contas vinha depois. Isso não quer dizer que eu não tinha dinheiro pra pagar minhas contas, mas quer dizer que eu estabeleci uma grande prioridade na minha vida, e que essa prioridade não era pagar os boletos que chegam todo mês. Isso muda tudo.
Esse “desbloqueio mental” depois me levou a buscar também outras fontes de renda, pra potencializar a evolução do meu patrimônio. Também passei a gastar de forma mais inteligente, sem cortar o cafézinho, mas estabelecendo metas de gastos com supérfluos – coisa que eu não tinha antes.
Espero que esse relato pessoal te ajude de alguma forma.
Grande abraço.
Você tem toda razão, mas a forma que consegui fazer para sobrar dinheiro é sempre buscar ganhar mais e gastar em média 50% do que ganho.
Abraços!