Como montei minha carteira de ações americanas (Stocks)

Decidi fazer este post para registrar as minhas escolhas (de ações americanas) e a motivação por ter escolhido cada uma destas empresas.

Por que ter Stocks (ações americanas) na carteira?
Duas das grandes vantagens de ser acionista de empresas americanas, é ter parte do seu patrimônio em dólar (a moeda mais forte do mundo), o que garante uma certa “segurança” para o investidor brasileiro, já que o Brasil possui um cenário político completamente adverso (em quase todas as décadas). A outra vantagem é investir nos maiores empreendedores do mundo. Engana-se quem pensa que ter ações americanas é ser sócio exclusivamente de empresas americanas. Algumas das maiores empresas globais, sediadas em outros países, também negociam ações nas bolsas dos Estados Unidos. Logo, você poderá ser acionista das maiores empresas do mundo.

Não é fácil escolher Stocks. São centenas de ótimas opções. Até por causa desta dificuldade (e de algumas questões relacionadas à impostos), muitas pessoas preferem recorrer às ETFs. Eu, particularmente, prefiro ter ações diretamente das empresas.
Ter parte das maiores empresas do mundo, é – na minha opinião – algo bastante interessante. Eu tenho minhas razões para não investir via ETFs, e acho que cada investidor tem sua forma de pensar e sua estratégia.
Acreditar em um projeto, na liderança de uma empresa, no seu crescimento, é algo que me faz optar por ações americanas.

A questão dos impostos é um pouco alarmante e não pode ser negligenciada. Nos EUA há imposto sobre dividendos e também imposto sobre herança. A alternativa que optei, foi manter o total de Stocks dentro de um limite seguro. No futuro, com um patrimônio maior, posso pensar em abrir uma offshore ou direcionar meus investimentos para outros tipos de ativos.

Agora vou registrar aqui o racional por trás das minhas escolhas. Não vou entrar em muitos detalhes sobre as histórias das empresas, pois já existe muito material sobre isso na internet.

AAPL – APPLE (10%)
Esta para mim, é uma das melhores empresas do mundo.
Com um crescimento espetacular nos últimos anos, a Apple se consolida – ano a ano – em seu mercado. Na minha opinião, ter uma empresa que tem resultados consistentes há anos, é ter a certeza de ter parte do patrimônio avançando ao longo dos anos.
Ainda há espaço para crescer nos serviços online e também no mercado de dispositivos. Acredito que a Apple está muito bem preparada para as próximas revoluções tecnológicas que viveremos.

AMZN – AMAZON (10%)
A fantástica empresa criada por Jeff Bezos é totalmente fora da curva.
Apesar das baixas margens com foco no crescimento, observa-se que as maiores inovações do varejo vem da Amazon. Acredito que ainda vai ganhar muito mercado e que ainda vai gerar muitas boas surpresas para os acionistas.

BABA – ALIBABA GROUP (8%)
Como um amante do varejo, também optei por ter na carteira a gigante Alibaba.
Uma espécie de parente chinesa da Amazon, o Grupo Alibaba também ataca em várias frentes, e vem crescendo de forma vertiginosa nos últimos anos. Com o constante crescimento do ecommerce e com as novas gerações assumindo novas posições na economia global, acredito que empresas como estas terão ainda muito espaço para crescer.

BRK.B – BERKSHIRE HATHAWAY (10%)
Apesar do relativo pouco espaço para crescimento, a Berkshire tem dado ótimos retornos aos seus acionistas ao longo dos anos. Por acreditar que investir na Berkshire, é investir na capacidade dos seus gestores de investir, acho que isso – por si só – já é uma boa razão para ter na carteira. Com um caixa absurdamente grande, a empresa de Buffet se mostrou até hoje uma grande atravessadora de crises.

DIS – DISNEY (8%)
Com resultados consistentes ao longo dos anos, a Disney ainda tem muito espaço para crescer, em seu novo serviço de streaming, e também ao adquirir outras licenças, marcas e empresas. Acredito que os próximos anos e décadas ainda serão muito gloriosos para o Mickey.

FB – FACEBOOK (10%)

A maior base de clientes do mundo. E se você ainda não percebeu, este é o maior ativo que qualquer empresa pode ter. Donos também do Instagram e Whatsapp, eles vem gerando caixas exorbitantes através de publicidade online. Acessível e cada vez mais essencial para as empresas de todos os portes, dificilmente uma equipe de Marketing negligenciará investir em uma ou mais destas plataformas nos próximos anos. Com muito caixa para comprar pequenos concorrentes, não tenho dúvidas sobre a prosperidade do FB.

GOOG – GOOGLE (10%)
Apesar da grande diversificação de serviços, o Google, assim como o Facebook, basicamente também tem a maior parte de suas receitas vindas de propaganda. Também não consigo imaginar um mundo futuro sem o Google sendo uma grande potência. Quero fazer parte deste crescimento também.

JNJ – JHONSON AND JHONSON (8%)
Além de ser uma das maiores empresas do mundo, a Jhonson and Jhonson entrega grandes resultados no mundo inteiro há décadas. Para mim, é como uma espécie de proteção na carteira. Já que há relativamente pouco espaço para crescer.

MSFT – MICROSOFT (8%)

A Microsoft tem se reinventado constantemente. Com resultados fantásticos ano após ano, vem investindo muito nos serviços de cloud, essenciais para a nossa nova era digital. Quem pensa que eles vivem só de Windows, se enganam muito. As receitas são hoje bem diversificadas, vindo também da Azure, Skype, Bing (publicidade) e games (Xbox). Ah, sem esquecer do líder de receitas, o Microsoft Office.

ROL – ROLLINS (6%)
Essa é pra você rir um pouco. A Rollins é uma empresa americana de controle de pragas (cupins, insetos, roedores, etc), atuante em diversos países. Apesar de um serviço relativamente básico e simples, vem entregando crescimento e retornos aos acionistas há mais de vinte anos consecutivos. Essa é a parte da carteira que chamamos de diversificação.

V – VISA (6%)
A Visa é uma rede de pagamentos mundial. Com parte financeira e parte tecnológica, ela engloba dois setores que gosto demais. Quanto maiores os pagamentos digitais, mais ela cresce. No que você acredita? Crescimento de movimentação de dinheiro físico ou digital? A Visa simplesmente ignora a existência da concorrência, crescendo globalmente de forma monstruosa.

WFC – WELLS FARGO CO (6%)
Wells Fargo é um dos maiores bancos do mundo. Paga bons dividendos e vem rendendo bons retornos aos seus acionistas.

 

Desta forma, minha diversificação por segmentos fica assim:


Estou com mais de 50% da carteira de Stocks nos setores de Tecnologia/Internet e Financeiro. Mas, acredito que são dois setores extremamente promissores, e também tem muito a ver comigo. Uma carteira é um retrato do perfil do seu investidor, pelo menos penso desta maneira.

Bem, esta é minha lógica de diversificação atual.

 


Dentro da minha carteira, as Stocks representam 14% do meu patrimônio.
Desta forma, nenhuma ação americana tem peso maior que 1% dentro da carteira total, como você pode ver abaixo:

 

Dentro da minha estratégia, acho importante que os ativos não tenham uma participação muito grande. O que reduz bastante meu risco (e alguns podem dizer que também reduz bastante meus retornos). Minha prioridade é ter uma carteira sólida, com crescimento consistente. Tenho poucas ações que as pessoas chamam de “grandes apostas”, pois minha estratégia é ver meu patrimônio crescer de forma gradual e consistente.

No mercado financeiro, acredito que não há uma verdade absoluta. Nem um caminho único. Você pode ter melhores resultados escolhendo apenas os principais ETFs do mercado, seguindo índices e se protegendo de impostos. Porém, para mim, investir é mais do que isso. É torcer junto. É até mesmo escolher consumir um produto da marca que sou sócio ao invés de escolher um produto concorrente. Espero que tenha gostado deste post, queria saber também se você investe em ações americanas, e se também utiliza uma estratégia de balanceamento de carteira.

Aqui neste outro post, eu explico um pouco da minha lógica de montagem de carteira.

Eu compro ações americanas através de uma corretora que não cobra taxa de corretagem.

Eu acompanho meu patrimônio através de um aplicativo próprio (este que gerou essas imagens do post), que está em fase de testes.
Caso tenha interesse em testar, acesse o site www.elevedigital.com.br.

Obrigado pelo seu tempo.

 

15 comentários em “Como montei minha carteira de ações americanas (Stocks)”

  1. Por mais que a velocidade de transformação do mundo seja impressionante eu acho difícil imaginar que daqui a 15 a 20 anos essas empresas da sua carteira possam deixar de ser bons investimentos.

    O mercado americano é incrível, vejo o setor de tecnologia dos EUA e comparo com as opções de tecnologia da B3, aqui as empresas de tecnologia são pouco mais de 0,5% do total do índice o que evidencia a discrepância tecnológica entre nossas empresas e as norte-americanas.

    Uma ação como BRK.B é algo que faz falta aqui nos trópicos, alguns falam em Itaúsa como nossa versão tropicalizada (não sei como alguém pode considerar Itaúsa tendo esse perfil sendo 90% ITUB), mas convenhamos que é um exagerado tremendo.

    Acho que o único setor que temos de certa forma empresas com um nível razoável de semelhança seja o setor bancário (é inegável a força de Itaú, BB e Bradesco).

    Abraços,
    Pi.

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    • O mercado americano, por si só, já é incomparável com o brasileiro, você tem razão.
      De uma certa forma, nosso setor bancário é realmente bem “parrudo”, cresceu diante de todas as crises que tivemos.
      Mas também temos boas jóias preciosas no mercado tupiniquim.
      Particularmente gosto bastante da WEG, mas também temos Engie, Ambev, e algumas outras empresas bacanas.
      Acho importante diversificar. Ter um pouco de prêmio de risco investindo no Brasil, mas também ter a solidez e a força do mercado americano.
      Grande abraço e muito obrigado pelo ótimo comentário.

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  2. Bom dia, estou querendo começar a investir na bolsa americana, muito bom seu post !!

    Ainda estou pesquisando sobre impostos, declaração de imposto de renda .. se tiver algum material…

    Sobre o acesso na plataforma se puder me passar agradeço.

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  3. Oi,

    Eu tinha fé na BABA também, mas esse final de semana assistí o documentário “The China Hustle” e desistí de continuar aportando nesse stock (tenho bem pouco alocado nele atualmente). Também desistí de qualquer empresa chinesa, mesmo tendo um grande potencial de crecimento. Mesmo que falemos de renda variável, prefiro menor crecimento mas menos risco também e as stocks chinesas ainda me geram bastante receio.

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    • Olá Alexis.
      Seu raciocínio faz sentido.
      As empresas chinesas ainda sofrem grande pressão do governo chinês.
      Recentemente, observamos o Jack Ma ter um IPO frustrado por causa do partido comunista chinês.
      Não é fácil ser acionistas de empresas do governo ou que tenham mãos do governo com peso forte no conselho, que é o caso da BABA.
      Sigo com uma participação bem pequena, pois sei também que o governo chinês é ambicioso, e fará o possível para apoiar o crescimento da empresa (mordendo sempre uma boa fatia, especialmente de informação, claro).
      Abraços e obrigado pela visita.

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    • Oi Carlos, boa pergunta.
      Acabou que esqueci de postar aqui o raciocínio da montagem da minha carteira de REITs.
      No post deste link, eu mostro a minha carteira de RETs, porém realmente não expliquei o racional.
      Vou postar isso em muito breve, mas aí dá pra entender um pouco do racional por trás dos setores escolhidos.
      Grande abraço, boas festas e obrigado pela visita.

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