Todo ano, eu revejo minhas estratégias.
Nestes últimos meses, algumas preocupações tem assolado a minha mente, no que tange a minha estratégia de investimentos.
Uma das maiores preocupações, é o fato de olhar para a minha carteira no futuro, e simular os rendimentos… Acabei percebendo que optei por muitos ativos de “crescimento” em detrimento aos ativos de “geração de caixa/dividendos”. Isso não é errado, perceba que estratégias são escolhas, portanto cada um tem a sua, e o seu jeito de encarar o mercado financeiro. Mas me preocupei pois quero viver de renda no futuro, e terei de acumular muito mais patrimônio para gerar a receita que eu objetivei.
No meu post sobre montagem de carteira, você pode entender um pouco da minha lógica, e vai observar que eu tenho ativos que não geram dividendos, como algumas ações e stocks. De uma certa forma, são ativos que vão me gerar um bom crescimento patrimonial. Porém, como não tenho interesse em tirar dinheiro do montante principal no futuro, não sei se faz muita lógica dedicar uma parte grande da minha carteira para estes ativos. Estou refletindo bastante sobre isso ultimamente.
Hoje minha divisão de ativos é basicamente essa:
Fundos Imobiliários = 30%;
Ações = 25% (sendo que 1/3 destas, não gera dividendos);
Renda Fixa = 20%;
REITs = 15%;
Stocks = 9% (metade não gera dividendos);
Outros (P2P + Bitcoin) = 1%.
Além disso, tenho também meu imóvel (por enquanto estou vivendo nele, portanto não gera rendimentos).
Entendo que estes ativos serão importantes ao longo da jornada, para atuarem como multiplicadores do patrimônio. Mas até que ponto não seria mais vantajoso escolher ativos que geram caixa, que me dariam maior liquidez ao longo da jornada, podendo redirecionar o leme do meu navio enquanto o mercado joga as ondas dele?
Você vê lógica nisso? Também pensa nisso?
A maioria dos blogueiros que leio e sigo, também possuem ativos de crescimento, e não tem muita preocupação com isso na fase da acumulação (eu acho).
Mas e quando eu chegar lá no meu objetivo, e tiver mais de 20% da minha carteira em ativos de crescimento, mas quiser viver de rendimentos? Eu não vou vender os ativos e pagar imposto de renda ou realizar lucros/prejuízos na operação só para redirecionar o leme. Então será que essa é a melhor estratégia?
Sigo ainda pensando no que vou fazer, mas creio que vou (talvez) direcionar meus ativos para opções geradoras de caixa. Como ainda não estou seguro dessa estratégia, decidi publicar aqui minha “angústia” para saber a opinião dos meus amigos blogueiros. O que você acha disso tudo? Qual estratégia segue com sua carteira?
Um abraço, Stark.
Ola Stark! Tem sentido esse seu pensamento. Eu também estou vivendo dos dividendos para não mexer no capital (imagina eu agora ter que vender parte para custear meus gastos com essa queda generalizada?! Os mercados aqui despencaram cerca de 15% nas últimas semanas!).
Assim como você eu priorizei por muito tempo ações de crescimento ou RF (saudade das altas taxas de juros!), eu só iniciei a migração desses ativos para geração de renda nos últimos 5 anos. Na fase de acumulação o importante é crescer o patrimônio então por 10 anos essa foi minha estratégia e nos últimos 5 anos comecei a migrar meus investimentos para REITs e stocks pagadoras de dividendos.
Qual prazo você tem para virar FIRE?
Abs!
http://www.executivoinvestidor.com
Na fase de migração, você chegou a vender ativos? Tenho horror em fazer isso kkkkk. Minha idéia é só ir aportando nos novos… Balanceando somente nas compras, não com vendas. Mas talvez, vendas sejam inevitáveis.
Meu prazo é de 7 anos. Mas não vou parar de trabalhar totalmente. Minha idéia é cuidar do meu negócio, assim como você.
Um abraço.
Fala Stark!
O ideal mesmo é ir migrando aos poucos e ir mexendo nos percentuais que você deseja ter lá na frente. Com uma data para FIRE como o Executivo disse no comentário será mais fácil ir vendendo até 20K mês para o rebalanceamento.
Estou também na parte de acumulação então estou seguindo uma estratégia parecida.
Na parte de Ações a minha atual estratégia é 45% ações que pagam Dividendos 45% ações de crescimento (mas também tem algumas que o Yeld é baixo hoje mas pode se tornar de dividendos no futuro) e 10% em empresas cíclicas e nelas seria basicamente ganho de capital.
Att. https://engenhariadosinvestimentos.blogspot.com/
É rapaz, meu único receio é ter que vender. Não suporto isso kkkkk.
No mais, vou ajustando ao longo do tempo, com dinheiro de rendimentos e novos aportes.
Um abraço.
Oi Stark, também estou com esse mesmo dilema que você. Minha carteira é composta por uma pequena parte de renda fixa e o restante em ações. Fiquei pensando a mesma coisa que você desde o fim do ano passado, se não era o momento de começar a comprar FIIs, já que a minha previsão também é de ser FIRE em 7 anos (muitas coincidências, não? rs). Se deixar essa decisão mais para frente, terei que movimentar um valor alto para ajustar a carteira, e isso eu não quero. Eu ainda tenho dúvidas, porque a longo prazo, não acho que FIIs tenham rendimentos bons, comparando com ações. Fico entre a cruz e a espada, se escolho os rendimentos mais conservadores dos FIIs ou se abro mão dos aluguéis, mas tendo a oportunidade da carteira performar melhor a longo prazo… Alguém me dê uma luz rsrsrs. Beijos.
Verdade Yuka, muitas coincidências.
Na verdade eu estou batalhando para reduzir o prazo de sete anos!
Acho que vou conseguir.
Eu acredito que você já deve começar a se mobilizar, ajustando nas compras.
É o que vou fazer a partir do mês que vem. Me direcionar para ativos de geração de renda.
Os que eu já possuo de crescimento, vou manter.
Tenho medo de ser tarde demais pra tomar esta decisão, e ter que adiar a minha FIRE.
Os Fiis não tem realmente potencial de crescimento como as ações, mas em contrapartida geram rendimentos previsíveis (o que não conseguimos ter com as ações).
Por isso acho importante ter um pouco dos dois “mundos” na carteira.
O que vou evitar fazer, é colocar ativos que sejam apenas “promessas” de dividendos futuros.
As promessas vou deixar pra investir depois, quando a renda FIRE estiver garantida.
Um abraço e muito obrigado pela visita.
Olá, Stark.
A minha estratégia é viver de dividendos. Na minha carteira de ações eu tenho empresas de crescimento, cerca de 20%, dividendos médios, cerca de 20% e de dividendos altos, cerca de 60%. Tenho +ou- 15% em FII’s que pretendo aumentar para 30% aos poucos.
Eu classifiquei essas empresas baseados no passado e no presente. Claro, algumas que crescem muito hoje acredito que vão ser empresas de dividendos no futuro.
Eu também não gosto de vender para balancear. Acho isso sem sentido. Faço a alocação de ativos durante os aportes. Acho mais sensato.
Abraços!
Fala grande Cowboy.
A sua estratégia é bem parecida com a minha, especificamente no que tange ao rebalanceamento dos ativos, e também sobre a classificação das empresas.
Eu devo seguir realmente esta lógica de ir balanceando e mudar um pouco o rumo, pois também quero viver dos rendimentos.
Um grande abraço e obrigado pela visita.
Fala Stark, tudo bom?!
Vou tentar te ajudar:
A primeira coisa a compreender é que a tendência de toda empresa focada em crescimento se torne uma empresa de dividendos no futuro.
Isso ocorre porque no longo prazo a empresa tende à gerar valor e chegar em um patamar onde tem pouco espaço para crescimento. Logo, quando chega nesse ponto ela passa a distribuir dividendos, pois não há mais a necessidade de reter lucros para novos investimentos internos.
Pensando então no investimento de longo prazo, a tendência é que no futuro boa parte das ações focadas em crescimento que você tinha, irão começar a distribuir dividendos. – Vide Apple, que passou bons anos sem dar 1 dólar aos acionistas, e agora distribui dividendos.
Porém no futuro, caso boa parte da sua carteira ainda permaneça sem distribuir dividendos e você esteja incomodado com isso, você pode migrar as suas ações de valor para dividendos aos poucos, conforme você for chegando próximo a sua liberdade financeira.
É importante lembrar também que em períodos de crise, as empresas costumam distribuir um valor menor de dividendos por conta da sua receita comprometida. Então não tem como fugir. Vai ter momentos que você terá que vender cotas para garantir a sua renda mensal assim como teria que fazer caso sua carteira fosse “full valor”.
Espero ter ajudado.
Abraço!
I.An
Fala Antifrágil (Bela inspiração no Taleb! haha).
É por comentários como o seu que eu gosto tanto de escrever no blog.
Um post despretensioso como esse, vira uma espécie de “aula” pra galera que está começando, ou pra galera mais experiente que precisa de uma luz.
Obrigado pela contribuição, realmente grandes empresas de crescimento acabam distribuindo dividendos depois.
Um abraço e muito obrigado pela visita.
Stark, o processo é dinâmico. Em 7 anos, muda muita coisa. Essas empresas de “crescimento”, se vc acertar nas escolhas, podem subir bem e aí vc vai vendendo aos poucos a cada subida, até o valor máximo de 20mil por mês p não pagar IR. Isso dá 240mil ao ano, em 5 anos já são mais de milhão. Não despreze essa isenção.
Pode também a começar a pagar mais dividendos com o tempo, e aí vc decide mantê-las.
Agora, para novos aportes, pense em sua nova estratégia. Compre pagadoras de dividendos (ou FIIs, no caso da Yuka) e comece a criar sua carteira para o futuro da forma que deseja.
Abraço!
Fala grande André, no caminho para o trabalho fui ouvindo seu podcast com Sr if 365, pois estava em viagem e não acompanhei os blogs. Espero terminar de ouvir o podcast hoje, estou ansioso! hahaha.
Você está certo. Eu tenho um grande preconceito com vender meus ativos, mas me parece bastante razoável vender no limite do IR para ajustar, caso realmente seja necessário.
Minha grande dúvida, no momento, é realmente se já começo a direcionar meus aportes, ou se sigo minha estratégia inicial.
Mas com as dicas dos amigos aqui, as coisas estão clareando. Obrigado pela visita!
Achei seu blog agora por acaso. Seus questionamentos são pertinentes e mostram que você é inteligente. Pesquise sobre Luiz Barsi e Parisotto e veja que eles vivem de dividendos e praticamente nunca giram a carteira ou vendem ativos.
Futuramente volto a escrever mais aqui sobre isso, agora vou dormir rs
Obrigado pela visita, Sérgio. Luís Barsi é uma grande referência para todos nós da finansfera.
Um grande abraço e obrigado pela visita!
Fala, Stark! Como vai?
Rapaz, vim olhar esse post e vc acaba de me deixar em estado de alerta! rsrsrsrs.
Estou bem no início da fase de acumulação e estou escolhendo aquelas que estão distribuindo poucos dividendos, com grande potencial e em fase de crescimento.
Como ainda acredito que estou com uma folga em relação a quantidade de ativos, acho que irei mesclar um pouco, adicionar aquelas focadas no crescimento pra priorizar essa valorização da carteira.
Ainda assim acredito que mesmo algumas empresas focadas em dividendos terão uma valorização razoável. Algumas estão com yields bem atrativos ainda com essa queda de na taxa básica de juros.
Essa é uma boa reflexão.
No fundo, acho que temos de montar carteiras bem diversificadas, com um pouco de cada uma das realidades, e ir ajustando ao longo do tempo.
Obrigado pela visita, espero que encontre seu caminho.
Um abraço!